Mercado Cambial
Câmbio – Efeito Trump e cena interna “obriga” BC a voltar ao mercado
O dólar fechou a jornada de quinta-feira com forte alta, em dia que foi marcado pela “queda da ficha”
nos investidores após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Com isso, a
divisa voltou a ser negociada acima de R$ 3,35. A ausência do Banco Central no mercado de câmbio e
também notícias que podem ligar o presidente Michel Temer ao recebimento de caixa 2 na campanha
de 2014 ajudaram para a maior alta dólar da década.
Um ajuste é sempre natural após fortes movimentos no dia anterior. No entanto, o cenário político do
Brasil e dos Estados Unidos, com a alta possibilidade de um aumento mais forte dos juros americano,
podem fazer com que o clima negativo persista.
Mercado Externo
A sexta-feira não reserva grandes indicadores de destaque na agenda econômica. Destaque apenas
para o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan. Com isso, todas as atenções
estão voltadas para os primeiros passos de Trump como presidente eleito.
Mercado Interno
A notícia de que o presidente Michel Temer teria recebido um cheque de R$ 1 milhão pode implicar a
continuidade do mandato caso o Tribunal Superior Eleitoral julgue pela cassação da chapa Dilma-Temer de
2014. Além disso, o balanço negativo da Petrobras e a atuação do Banco Central no mercado
de câmbio podem influenciar o rumo dos negócios.
Swap
Após dois dias fora do mercado de câmbio, o Banco Central decidiu voltar a atuar nesta sexta-feira,
com uma sessão de swap cambial reverso, das 11h30 às 11h40. Desta vez, serão oferecidos até 15 mil
contratos, com vencimento em fevereiro e março de 2017.
Reserva Cambial
As reservas cambiais do Brasil registraram na quarta-feira (9) posição consolidada de US$ 375.559
milhões, sendo que terça-feira (8) a posição era de US$ 376.001 milhões. A variação foi negativa em
US$ 442 milhões.
Fonte: Enfoque
Publicado em: 11/11/2016.