Cenário do Câmbio 07/11/2025

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07/11/2025

Dólar fecha estável e segue na faixa de R$ 5,35 em semana de juros altos no Brasil

Segue o boletim para o dia 07 de novembro de 2025 com os principais movimentos do câmbio e do mercado financeiro no Brasil:

Manchetes

O dólar americano iniciou a sexta-feira quase estável frente ao real brasileiro, em torno de R$ 5,3532 na venda.
O Ibovespa segue em rali, renovando recordes mesmo com pressões externas e ambiente internacional mais desafiador.
O Banco Central do Brasil manteve a taxa básica (Selic) em 15% ao ano, sinalizando que pretende manter essa taxa elevada por período prolongado.
O mercado revisou para baixo as projeções de inflação para 2025, assim como ajustou expectativas para o câmbio: agora estimando cerca de R$ 5,41 por dólar ao fim de 2025.
Taxa de rendimento de títulos públicos de 10 anos do Brasil recuou para cerca de 13,8%, refletindo menor prêmio de risco e expectativas de inflação um pouco mais comportadas.
Agenda do dia: divulgação do IGP‑DI de outubro, balanço da Petrobras (PETR3/PETR4) e falas esperadas de dirigentes do Federal Reserve dos EUA — todos com potencial de mover o mercado local.

Dólar

Fechamento anterior: por volta de R$ 5,36.
Abertura de hoje: aproximadamente R$ 5,3532 (queda de ~0,06%) no início da manhã.
A estabilidade da moeda reflete uma combinação de fatores: exportações da China em desaceleração (o que gera menor demanda por commodities), expectativa pelas intervenções cambiais do Banco Central brasileiro (leilão de swap cambial) e atenção às decisões de política monetária nos EUA.

Ibovespa & Mercado de Ações

O Ibovespa renovou máximos históricos, elevando seu rali para 12 pregões consecutivos de alta, algo não visto desde 1997.
Apesar do cenário externo mais conturbado — com bolsas globais pressionadas — o mercado brasileiro tem sido impulsionado pela expectativa de juros altos no Brasil, o que atrai capital estrangeiro em busca de rendimento diferencial.
Ainda assim, a cautela permanece: os investidores monitoram os indicadores (IGP-DI, balanços) e as possíveis repercussões de choques externos.

Selic & Política Monetária

O Copom do Banco Central manteve a Selic em 15% à a.a. pela terceira reunião seguida.
No comunicado, foi indicado que “manter a taxa por um período prolongado será suficiente para garantir a convergência da inflação à meta”.
Isso reforça a mensagem de que cortes de juros antes do fim do ano são pouco prováveis, aumentando o apelo das aplicações de renda fixa e fortalecendo o real frente ao dólar (via carry trade).

Previsão & Implicações

Câmbio: se o real continuar fortalecido e o cenário externo permanecer contido, a cotação deve se manter estabilizada na faixa de R$ 5,30-5,40 no curto prazo.
Renda fixa: com a Selic estável e alta, os títulos permanecem atraentes, o que sustenta a entrada de capital e reduz o prêmio de risco.
Ações: embora o rali continue, há risco de correção se os indicadores vierem piores do que o esperado ou se o cenário externo piorar (por exemplo, choque nos EUA ou China).
Política monetária: o Banco Central mostra que está confortável com a estabilidade atual do real e com o nível de juros, mas está pronto para agir em caso de reversão inflacionária ou fiscal.

*Este artigo buscou sintetizar as principais notícias do dia sobre o dólar e o mercado financeiro, destacando a importância de uma análise cuidadosa e informada para a tomada de decisões no contexto econômico atual.

**Este artigo tem caráter informativo e não constitui recomendação de investimento. Consulte um profissional financeiro antes de tomar decisões no mercado.

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