Trégua EUA–China acalma mercados, mas dólar segue volátil
Segue um resumo com os destaques relevantes para câmbio e mercado financeiro no dia 30 de outubro de 2025:
—
📰 Manchetes principais
O encontro entre Donald Trump e Xi Jinping gerou expectativas de um acordo comercial, com menção à redução de tarifas dos EUA sobre produtos chineses, retomada das compras de soja da China e continuidade das exportações de terras-raras. Mesmo com a aparente trégua, os mercados seguiram cautelosos, avaliando os detalhes ainda pendentes.
A postura dos EUA em relação ao dólar ganhou atenção: Scott Bessent (Secretário do Tesouro dos EUA) indicou que Washington está resistente a uma valorização excessiva do dólar, reforçando uma orientação estratégica de um dólar mais fraco para sustentar competitividade das exportações americanas.
No cenário global, os mercados asiáticos recuaram (~0,5%) enquanto aguardavam os próximos passos da China, mesmo após o anúncio da trégua comercial.
Na Europa, o European Central Bank (BCE) manteve a taxa de juros em 2% pela terceira reunião consecutiva, citando resiliência económica, mas alertando para incertezas globais. O índice FTSE 100 encerrou em queda, puxado por resultados fracos de empresas como WPP.
No Brasil, destaque para a Ambev S.A.: maior cervejaria do país, que superou expectativas de lucro no 3º trimestre e anunciou programa de recompra de ações, embora advertindo para fraqueza no volume de vendas.
—
💱 Câmbio e mercado brasileiro
O par dólar/real (USD/BRL) estava próximo de R$ 5,36 por US$ 1, com variações recentes entre ~R$ 5,34 e R$ 5,39.
O índice Ibovespa registrou alta de ~0,82% em sessão recente, alcançando novo patamar próximo de 148.633 pontos, apoiado por ganhos em setores financeiros e de materiais básicos.
Um relatório recente da Ministério da Fazenda (Outubro/2025) apresenta projeções de câmbio e outros indicadores econômicos para o Brasil, reforçando que os analistas esperam uma taxa de câmbio nominal e inflação relativamente contidas.
—
🔍 Interpretação rápida
A sinalização de trégua comercial entre EUA e China tende a aliviar alguns riscos de mercado, embora o impacto direto sobre o câmbio brasileiro seja moderado no curto prazo — investidores mantêm atenção aos desdobramentos.
A postura dos EUA de evitar valorização do dólar pode ter repercussões: para o Brasil, um dólar mais fraco globalmente tende a aliviar pressão sobre o real, mas depende muito de fluxos de capital e da própria dinâmica interna (inflação, juros, contas externas).
A estabilidade (ou leve alta) do Ibovespa mostra que os investidores domésticos estão otimistas com resultados corporativos brasileiros (como da Ambev) e com ambiente externo mais benigno, mas continuam atentos a fatores como crescimento econômico, política monetária e cenário eleitoral.
Para quem opera câmbio ou está exposto à variação do real, vale monitorar:
Dados econômicos domésticos (inflação, atividade, balança comercial)
Fluxos de capitais para mercados emergentes
Política monetária externa (EUA, Europa)
Situação política e fiscal no Brasil — qualquer sinal de deterioração pode pesar no real.
*Este artigo buscou sintetizar as principais notícias do dia sobre o dólar e o mercado financeiro, destacando a importância de uma análise cuidadosa e informada para a tomada de decisões no contexto econômico atual.
**Este artigo tem caráter informativo e não constitui recomendação de investimento. Consulte um profissional financeiro antes de tomar decisões no mercado.
Faça seu cadastro agora mesmo, clicando aqui.
Cenário do Câmbio 30/10/2025
Fontes:
Data da publicação: 30/10/2025
Levycam Corretora de Câmbio e Valores. Estamos há mais de 90 anos no mercado de câmbio sempre informando as melhores notícias diárias do mercado financeiro. Para essas e outras noticias do mercado financeiro, acesse nosso área do Blog com mais os mais variados artigos sobre o mercado financeiro.
Aproveite para nos seguir nas redes sociais.
