Cenário do Câmbio 29/09/2025

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29/09/2025

Mercado inicia a semana em tom positivo; ouro renova recorde e dólar recua

Aqui está resumo rápido das principais notícias de câmbio e mercado financeiro nesta segunda-feira, 29 de setembro de 2025:

📰 Boletim Levycam – Câmbio & Mercado

Panorama geral

Os mercados globais iniciam a semana com sentimento positivo, impulsionados por esperanças de contenção do risco fiscal nos EUA. Os índices acionários sobem, o dólar recua frente a moedas fortes e o ouro dispara, refletindo aversão ao risco.

No Brasil, o Boletim Focus trouxe revisões para baixo nas projeções macroeconômicas, o que alimenta expectativas de menor pressão sobre câmbio e inflação. Em paralelo, dados mostram que o crédito bancário segue perdendo fôlego, o que reforça o cenário de desaquecimento da atividade.

A agenda da semana será movimentada: destaque para o payroll (vagas nos EUA), discursos do Fed e do Banco Central do Brasil, e leitura do CAGED e demais indicadores de emprego no Brasil.

Câmbio e inflação no Brasil

Projeções Focus
O mercado ajustou sua estimativa para o IPCA de 2025 de 4,83 % para 4,81 %. A previsão para o dólar no fim do ano passou de R$ 5,50 para R$ 5,48. A estimativa para o PIB deste ano ficou em 2,16 %.
A projeção para inflação em 2026 caiu de 4,29 % para 4,28 %, e outras projeções para 2027/2028 também apresentam leves ajustes.
Inflação disparada no meio do mês
A prévia de inflação (meados de setembro) apresentou alta de 0,48 %, puxada pelos preços da habitação (principalmente energia elétrica).
Em 12 meses, o acumulado ficou em 5,32 %, acima da meta central (3 %) e do teto tolerável (4,5 %).
Câmbio: dólar recua em meio a riscos externos
Na manhã desta segunda-feira, o dólar caía, em torno de R$ 5,334, pressionado pelos temores de paralisação do governo americano e o cenário macro externo mais benigno.
A cotação à vista (USD/BRL) registrou 5,3496 / 5,3375 em dados históricos recentes.

Mercado financeiro & crédito

Crédito segue desaquecendo
Segundo dados do Banco Central, o crescimento do crédito caiu para 10,1 % em 12 meses em agosto, contra 10,8 % em julho.
O avanço mensal foi modesto (+0,5 %) e as taxas de inadimplência subiram de 5,2 % para 5,4 %. As taxas médias de spread também ampliaram.
Mercados internacionais e commodities
- O ouro atingiu novas máximas, acima de US$ 3.800 / onça, com o enfraquecimento do dólar e busca por ativos de “porto seguro”.
- Títulos públicos americanos de 10 anos viram queda nos rendimentos (~4,145 %) enquanto investidores precificam cortes de juros futuros.
- A perspectiva de paralisação do governo dos EUA (shutdown) preocupa mercados, por risco de interrupção nas divulgações econômicas (ex: payroll).

Cenário & riscos para a semana

Efeito dominó do payroll
Se o relatório de emprego dos EUA for adiado ou vier fraco, pode haver reforço da tese de cortes mais agressivos do Fed, o que pode favorecer emergentes e moedas como o real.
Pressão cambial local
Mesmo com as revisões de expectativas, o real ainda está vulnerável a choques externos (juros nos EUA, risco fiscal global) e fluxos de capitais.
Crescimento frágil + crédito em queda
A desaceleração do crédito reforça que o crescimento brasileiro enfrenta limitações, exigindo atenção maior aos indicadores de atividade (industrial, emprego).
Política monetária firme
O Copom continua com terreno cauteloso: juro alto por período prolongado é a postura adotada oficialmente, a despeito de expectativas de inflação recuando nos forecasts.

*Este artigo buscou sintetizar as principais notícias do dia sobre o dólar e o mercado financeiro, destacando a importância de uma análise cuidadosa e informada para a tomada de decisões no contexto econômico atual.

**Este artigo tem caráter informativo e não constitui recomendação de investimento. Consulte um profissional financeiro antes de tomar decisões no mercado.

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